Desde 1968 é compulsória a notificação da ocorrência de casos de sarampo doença que foi, durante muitos anos, uma das principais causas e morbidade e mortalidade na infância, principalmente nos menores de um ano de idade. A doença comportava-se de forma endêmica no País, ocorrendo epidemias a cada 2 ou 3 anos
A vacina contra o sarampo foi introduzida no Brasil na década de 1960, e sua utilização na saúde pública foi resultante de iniciativas de alguns governos estaduais que, de acordo com suas possibilidades, importavam o imunobiológico no mercado internacional, embora de forma descontínuada.
Em setembro de 2016 o Brasil comemorava a eliminação do sarampo e, um certificado entregue pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) declarava a região das Américas. A primeira zona livre da doença em todo o mundo.
Três anos depois, em 2019, a doença disparou alarmes na maior cidade brasileira: São Paulo. Mais de 2500 casos, três mortes. No Brasil, 10.302 doentes com 12 óbitos. A região Norte registrou o maior número de casos.
Os surtos recentes de sarampo fizeram o Brasil perder a certificação dada pela OPAS. Uma mudança radical em pouco tempo, que se relaciona com o sucesso —e a posterior falha— nos níveis de imunização do país.
Para interromper a transmissão do sarampo, eliminar a circulação do vírus e garantir altas coberturas vacinais, o Ministério da Saúde traçou uma estratégia nacional. As duas primeiras etapas já ocorreram em 2019, com a realização de campanha de vacinação nacional, em outubro, de crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade. A segunda etapa aconteceu em novembro para a população de 20 a 29 anos.
Dando continuidade às ações em 2020, outras duas etapas de mobilização nacional devem ocorrer, além da prevista para este mês de fevereiro: junho a agosto, para reforço do público de 20 a 29 anos de idade, mais suscetíveis ao sarampo; e em agosto para a população de 30 a 59 anos de idade.